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Pequenas notícias que anunciam grandes mudanças

Updated: Sep 20, 2018

por Vera Rocha


De um ano para cá circularam nos sites e nas redes sociais pequenas notícias que isoladamente poderiam passar despercebidas, mas que com a repetição deram um certo protagonismo aos envolvidos: uma garota americana de 11 anos desenvolveu uma caneca especial para pessoas com mal de Parkison, um jovem espanhol de 9 anos ganhou o prêmio jovem do concurso anual Wildlife Photographer Of The Year e uma brasileira de 17 anos criou “isopor” biodegradável a partir da cana-de-açúcar.


O que motivou essas crianças e jovens? A curiosidade. O que possibilitou os resultados? A combinação do talento com as ferramentas necessárias para a realização dos seus projetos.


Ah, estamos frente a uma geração diferenciada? Não. Sempre fomos diferenciados nos nossos talentos e interesses mas, vivemos, hoje, uma época onde se pode fazer, realizar, muito jovem. Mais do que uma precocidade ou genialidade, de uns e de outros, vivemos a época da oportunidade.


Jovens do séc XXI, nativos digitais e orientados para a resolução de problemas. A combinação que amplia horizontes e coloca em cheque o nosso modelo educacional.

Começo de ano, lista de material, livros ou apostilas, livros paradidáticos, provas e simulados, uniforme. Bem, algumas escolas até aboliram uniformes, mas não abriram mão de uniformizar seus estudantes. Simplificações que facilitam a rotina escolar e a comparação entre os pares. Cenário que tira o encanto do aprender e estigmatiza quem não concorda em transformar-se num reprodutor de conteúdos.


O discurso do aprender a aprender sabotado pelo aprender a repetir. Crianças e jovens que nascidos na era Tecnológica, permanecem na sala de aula inquietos ou imovéis, enquanto seus pensamentos se dispersam ou aceleram impregnados da realidade virtual de jogos, canais de vídeos, aplicativos, blogs…


Afinal, a escola é a antesala da universidade e essa o caminho para a profissão, você também pode pegar o atalho do curso técnico… E, então, depois desse período probatório, poderá alçar voo solo. Mas, a tecnologia amigável e disponível permite que criem, construam, pesquisem e pulem etapas!


E em tempos de reforma curricular deve-se perguntar o porquê de compactuar com um ensino engessado, formatado em conteúdos e na repetição a exaustão.

Por que não cobramos da escola sua transformação em um modelo que dê espaço para a autonomia e a criatividade?

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