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O Erro Certo

Updated: Sep 10, 2018

por Carol Ouang


Nessa aventura de sermos mulheres, mães, com milhares de possibilidades e tentando viver produtivamente cada minuto, minha conclusão: é melhor rir para não chorar!


Dois quilos de framboesas frescas, lavadinhas e colocadas em panela de cobre com bastante açúcar e umas gotas de limão… Deveria ser simples, bastaria apenas ter tempo e força nos braços para mexer, mexer até engrossar.


Porém, o telefone tocou, abaixei o fogo com a tola ideia de que isso bastaria para não desandar, e dois minutos tentando me livrar com educação do telemarketing de uma empresa de telefonia celular foi o bastante para minha calda quase queimar… Mas graças a São Benedito, padroeiro das cozinheiras, perdi a calda para cheesecake mas, em compensação, saí da cozinha com 10 potes de geleia!


Erros podem ser muito engraçados e até produtivos. No mês passado, recebi um e-mail de um amigo nos convidando para sua festa de 40 anos. Fiquei toda alegrinha, né, gata? Afinal as festinhas de 40 são sempre balada!


Fiz uma mega produção, vestidinho DVF, sapatinhos Lou-Bou, bolsa poderosa, cílios postiços… Um make bem balada, saí de casa animadíssima, cheia de glamour para dar.


Amiga, entro na festa,  tinha três tias velhas comendo amendoim no sofá…


Gata, nem São Lagerfeld, padroeiro das peruas, me salvou do mico, o dono da festa, ou melhor, do parabéns em família, ainda me disse que não sabia que ele merecia tanto!


Agora erro bom, bom mesmo, é aquele em que você aprende uma lição para o resto da sua vida. Estava eu andando pelo clube, já cansadinha, quando decidi me sentar em um banco no jardim, ao lado de uma senhora muito distinta que já estava lá, usando um lindo par de óculos grandes meio Jack O.


Claro, comentei dos óculos, disse que eram lindos e já aproveitei o assunto para falar da volta dos óculos grandes e coloridos para o verão etc. Perguntei se ela já tinha visto essa nova onda e ela, depois de um estranho silêncio, se vira para mim e responde: “Minha filha, me desculpa, mas eu não vi nada, sou cega!”


Erros duros são aqueles que nos obrigam a pedir perdão. Já o inesquecível é aquele que você pode até esquecer, mas a “turma” não esquece.


Os erros tristes fazem história nas nossas vidas e os bobos são também os inocentes.

A natureza do erro é ser imparcial, universal, populista e eterno. Mas

carrega em si uma coisa maravilhosa: ele nos obriga a perdoar, achar um espaço no coração para tudo o que há de maior.


Então, meninas, há momentos na vida em que só o blush não basta. Precisamos de óleo de Peroba e um lindo sorriso no rosto, afinal… Erramos!


Beijo grande

Carol Ouang

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